Coro das Vontades no Jornal Público

«Tiago entrega-se, por isso, a uma demanda romântica por “um gesto primordial que se perdeu ao longo dos tempos”, da música como auto-recriação e não como meio de fabricação de máquinas interpretativas perfeitas. E coloca o seu piano nas barricadas, figurativamente, da mesma maneira que pianos têm surgido de forma literal em protestos na Polónia, nos Estados Unidos, na Itália dos anos 70 quando, vencida a polícia num motim e instituída uma pequena bolsa de anarquia, um piano apareceu do nada fazendo ressoar Chopin. Ao lado da luta e da confrontação, clama o músico, o piano simboliza a poesia. E a capacidade de sonhar ainda em construir algo belo, virgem, impoluto, onde antes só existia uma vontade física de dizer não.»

Gonçalo Frota antecipa o concerto de quarta feira com um artigo no ípsilon de hoje.

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