<<A partir de agora, se os operários revolucionários não se decidirem a tratar eles próprios os seus problemas e a levar até ao fim as transformações sociais que as greves selvagens, as ocupações e os desvios das fábricas anunciam, aqueles que não têm os meios para a realizar, farão da autogestão generalizada, mais uma ilusão no céu das ideias, e virão feitos Messias descidos à terra, pregar a organização do proletariado, na melhor t tradição dos Lenines, Trotsky, Mao, Garcia Oliver, Castro, Guvevara e outros burocratas.
Enfim, há muito já, que a revolução está às portas das nossas cidades de tédio, das nossas cidades polidas dos nossos palácios de estuque. Já basta de suportar o trabalho, os chefes, os tempos mortos, o sofrimento, a humilhação, a mentira, os polícias, os patrões, os governos, o Estado. A impaciência, muito tempo contida, leva à violência cega, ao terrorismo, à autodestruição; o certo é que temos mais que fazer para nos salvaremos de uma sociedade que se suicida, do que brincar aos Kamikases contra um regimento de polícias, um punhado de bispos, uma pilha de patrões, de generais, de homens de Estado, mas , o escoar das horas sem vida é mais terrível que a morte. A nossa luta final já durou muito. Precisamos agora da vitória.>>